Itaipu e o Regime Militar
Retrato
do Brasil – Lembranças e Lições para jovens (e velhos) esquerdistas.
Jessika G. A. Smuts
Nossos hermanos argentinos,
sempre adoraram uma briga e isso me faz lembrar um bom amigo de infância que,
com um corpo atlético, tipo bombado e com seus 1,65 de altura adorava provocar
uma briga e com certeza só escolhia os caras enormes, muito mais fortes e apanhava
sempre.
Mas voltando aos hermanos, eles
se avaliavam mais europeus do que os parisienses e londrinos, viviam a fazer
provocações aos seus vizinhos em especial ao Chile e ao Brasil e por incrível que
possa parecer se consideravam muito superior aos brasileiros, afinal não tinham
a nossa miscigenação, eram arianos puros.
Em virtude dessa rivalidade o Exército
do Brasil (III Exército), que guarnecia a nossa “Fronteira Sul” era o mais
forte do país, todos os melhores equipamentos e as melhores armas eram a ele destinados,
nossas defesas sulinas levavam a quase totalidade das verbas para a defesa do
Brasil.
Tanto que os maiores Presidentes
e Generais eram gaúchos -- nossos irmãos que estão na primeira linha de fogo.
(ainda bem, que os hermanos só viviam de bravatas).
Acontece
que...
Os Presidentes Militares do
Brasil sabedores desta estória, e que de bobo não tinham nada, resolvem construir
o megaprojeto de Itaipu.
Oppss!
Mataram dois (ou três) coelhos
com uma cajadada.
O
coelho menor:
Resolveram a questão fronteiriça com o
Paraguay que se estendia desde a Guerra com aquele país.
O
coelho intermediário:
A energia elétrica, pois Itaipu
abastece hoje 25% do consumo brasileiro, ou 12,6 milhões de quilowatts que
significa só em termos ilustrativos o consumo de trinta anos da cidade de
Curitiba. E como o sócio igualitário não consume toda a sua parte na energia, exporta
a sobra ao Brasil.
O coelho
maior:
Os hermanos que de tonto também
não tem nada, rapidamente perceberam que com a construção de Itaipu, teriam que
se acalmar e baixar a bola, pois um simples apertar de botões com a abertura
das comportas suas principais cidades seriam inundadas e bye, bye Buenos Aires, bye, bye
hermanos que seriam todos afogados com os 40 Km3 de água no cangote.
Ou alguém acredita que eles
ficaram amiguinhos à toa?
Mas
voltando ao que interessa:
Os argentos começaram uma
enorme campanha contra o Brasil e a construção da hidroelétrica, buscaram apoio
da comunidade internacional, apoio de ONGs alienígenas e dos Estados Unidos da
América, que prontamente se posicionou contra a construção da hidroelétrica.
Mais o Brasil era governado por
um militar gaúcho filho de alemães, macho pra caramba e que a PeTezada adora
malhar sem conhecer a história.
Ernesto Beckmann Geisel era o nosso General Presidente
que tinha como seu incentivador o também General e irmão Orlando Geisel, com
eles não tinha “disque me disque”, mandaram
fazer a construção a “toque de caixas”
designando o Ministro Coronel Mario Andreazza para comandar a realização,
contra tudo e contra todos. O mundo inteiro apoiava a Argenta, com a desculpa
que a hidroelétrica iria atingir e acabar com o meio ambiente e matar os passarinhos (flora e fauna) do
local.
A Argenta era presidida
pelo General Jorge Rafael Videla Redondo um militar que “apeou” do governo a senhora presidenta
Maria Estela Martínez de Perón, o general solicitou uma audiência com o seu homologo
brasileiro.
Ao contrário ou perto de Geisel que era um homem de estatura
alta e grande o argento era um raquítico.
Na hora aprazada Jorge Videla chega ao Palácio do Planalto acompanhado
de cinco oficiais generais argentinos que integravam o seu “staff”, e foi logo dizendo:
- Você não pode construir essa “mierda”,
pois precisa de uma consulta prévia aos países vizinhos, porque são águas internacionais
e vai causar enormes prejuízos à navegação fluvial, vai inclusive atrapalhar a
construção das hidrelétricas de Yaciretá-Apipe e Corpus.
Geisel calmamente levanta de sua mesa, segura o
argentino pelo pescoço e o arrasta para fora, para o espanto de todos os
presentes e diz:
-Construirei sim, e ponha daqui para fora
imediatamente.
O General argentino saiu “vendo azeite” e retornou na mesma hora a sua terra.
A guerra pareceu iminente, tropas foram mobilizadas e colocadas de prontidão em toda a área fronteiriça.
A guerra pareceu iminente, tropas foram mobilizadas e colocadas de prontidão em toda a área fronteiriça.
Mas para espanto de muitos:
A Argentina pleiteava a soberania de três ilhas
pertencentes ao Chile no Canal de Beagle, Picton, Lennox e Nueva, a questão foi
submetida à arbitragem da Coroa Britânica.
Em 1977 a Coroa britânica deu ganho de causa ao
Chile, o legitimo proprietário das ilhas, essa decisão provocou uma imediata
reação do Governo Argentino, a guerra novamente pareceu iminente no ano de 1978
e a tensão somente diminuiu com a intervenção da Santa Sé, com João Paulo II
que abriu novo processo de mediação e foram desmobilizadas as tropas de ambos os
lados.
O Tratado de Paz e Amizade assinado em 1984, pois
fim ao conflito, sendo certo que a soberania chilena sobre as ilhas se tornou indiscutível.
O Chile era considerado um país amigo do Brasil e
foi um dos poucos países do mundo a
apoiar a construção de Itaipu.
Na época armas brasileiras foram entregues ao
governo chileno que recebeu o apoio do nosso governo.
Hoje Itaipu funciona a
pleno vapor e dá emprego a PeTezada, os hermanos se tornaram nossos amigos, USAmericanus não botam fé na Argenta e os chilenos não são bolivarianos.
E para completar os ingleses tem a soberania sobre as Falklands.
E para completar os ingleses tem a soberania sobre as Falklands.
* Jessika
G. A. Smuts é brasileira/israelense, escritora, instrutora de Krav Magá, militar e pilota um helicóptero AH-64D.
Fonte: Wikipédia
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